Isentos impostos de agrotóxicos geram 9 bilhões de reais de prejuizo à Previdência social
Editorial – RNA – 05,07.2018
Veja a que ponto chega a destruição dos povos da Amazônia. Tem aumentado a cada ano o número de pessoas acometidas do mal do câncer. Os hospitais do câncer em Santarém, Manaus, Porto Velho e Manaus tem filas de doentes desse mal. Cinquenta anos atrás era uma doença rara na região. Porém nos últimos 18 anos, com a entrada do cultivo da soja na Amazônia se intensificou essa praga.
Com a soja entrou também o uso intensivo de veneno agrícola, sem um mínimo de controle dos órgãos de saúde do Estado. Só na região de Santarém e vizinhos, são hoje 70 mil hectares de plantações de soja, em áreas de mil e dois mil hectares cada lote. Enquanto os plantadores de soja se apressam a ganhar seus lucros, não sentem remorso de estarem semeando câncer nos moradores ao redor de suas plantações. Os governos, na intenção de aumentar a economia do país com a exportação de soja, dispensam impostos dos usuários de venenos agrícolas.
De 2010 a 2017 o governo federal isentou esses criminosos do pagamento 100% do COFINS e do PIS/PASEP no comércio de agrotóxicos, recurso que vai faltar na previdência social. Para ampliar as desgraças aos povos, o atual governo nomeia Ministro da Agricultura, o maior plantador de soja do Mato Grosso, Blairo Maggi. Ele, estimula seus comandados deputados da bancada do agronegócio a produzir um projeto de lei, que diminui a vigilância sobre o uso de venenos agrícolas.
Você e todos nós eleitores precisamos ter dignidade para nas eleições de outubro eliminar esses candidatos que apoiam o aumento do uso intensivo de venenos agrícolas. Basta identificar quem são e nunca mais votar neles. Ou o Brasil acaba com os maus políticos, ou estes acabam com os povos da Amazônia.