Mês: abril 2022

Uma certa análise de conjuntura da Amazônia hoje

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Análise de conjuntura da Amazônia abril 2022

  1. Estamos dentro da Amazônia, somos Amazônia, mas precisamos sentir nossa casa comum cm ela é e cm está em disputa:
  2. São nove Estados cm várias bimas  e 27 milhões de moradores identificados em 170 povos originárias, milhares de ribeirinhas, agricultores familiares, quilombolas, moradores de periferias de cidades e 90 povos isolados.
  3. Existe uma outra Amazônia real dentro da Amazônia onde vivemos. Esta é um território em processo de decomposição provocada por vários sujeitos. Um principal é capital extrativista predador. Este se apossa d território para extrair riqueza a qualquer custo.  Lhe interessa as grandes riquezas d sol e sub sol, dos ris e dos igarapés; outro sujeito responsável pela destruição da vida na Amazônia é Estado brasileiro (federal, estaduais, municipais), que está totalmente a serviço d capital explorador da região. Todos n´s pagamos impostos mas recursos públicos recolhidos de todos n´s estão a serviço da aceleração da economia nacional, via exploração da Amazônia. Por conta dessa estrutura político econômica. No ano passado nossa casa comum perdeu 11 mil quilômetros quadrados de floresta; n na passado exportou 160 toneladas de ouro, maior parte extraído de garimpos ilegais;  ri Tapajós está sem condições de água potável e carregada de mercúrio, mas também  ri Madeira e outros ris da região onde há exploração de minérios.
  4.  Estado se coloca inteiramente a serviço dos exploradores da Amazônia. Mais grave ainda cm atual governo federal. Por isso, estão esvaziados IBAMA, ICMBI, FUNAI, e demais órgãos federais. Assim também sã inúteis as secretarias de meio ambiente, de agricultura familiar, das áreas de proteção, entre outros órgãos eu deveriam proteger bima amazônico.

N atual governo Bolsonaro   aumentou esvaziamento da legislação ambiental facilitando a destruição de floresta e invasão mineral, cm também aumente de venenos agrícolas tiveram n governo Bolsonaro a aprovação de mais de 400 tipos de agrotóxicos para facilitar  cultivo de soja, milho e outros produtos agrícolas para  mercado internacional.

  • E existe a nossa Amazônia, a que nos oferece vida, alegria, vizinhos, amigos e companheiros. Es é a Amazônia onde vivem s lutadores sociais eu defendem a vida, sofrem as consequências das agressões d capital predador. Aqui vivem s mais de 100 povos indígenas, d suais 92 povos isoladas, vivem também s ribeirinhos, pescadores, plantadores de mandioca e outros produtos alimentares, também vivem atraídos pelas ofertas ilusórias da cidade e vã para nas periferias sem urbanização.
  • Na correlação de forças em disputa, s defensores d bem viver estão em menor capacidade de defesa por vários motivos, ignorância da realidade, submissa a poder d capital e educação submetida as interesses d capital. Enquanto poder econômico, além de manipular s meios de indução, tem Estado a seu favr. Numa luta desigual, s eu mais sofrem sã a natureza e s moradores tradicionais da região.
  • Dentro desta conjuntura da região importante analisarmos um recurso que tanto capital cm Estado brasileiro utilizam para manter a s populações amazônidas conformadas com a situação. Sãs meios de comunicação. Confira quantas vezes p semana se repete na Globo a frase: AGR é PP… Este é s´ um exemplo, além das propagandas de refrigerantes e outras guloseimas industrializadas. Mas além da TV e rádio hoje estão bem ativas as variadas mídias utilizadas para convencer as populações de que “a vida é assim mesmo, assim era, assim é e assim será sempre”. São   milhares de informações lançadas a cada minuto n mundo através das mídias e dos canais de rádio e televisão. Cada dia vai ficando mais difícil se saber o que é verdade ou notícia falsa. Pode se imaginar cm ficam s moradores de nossas comunidades no interior da Amazônia, bombardeados de tantas informações, muitas delas sem comprovação de verdade.

Aqui entra a existência e função da Rede de Notícias da Amazônia. Já entrando em 14 anos de presença na Amazônia, hoje comunicando em sete Estados da região, tendo objetivos pretensamente comprometidas cm a formação crítica dos milhares de ouvintes, qual tem sido concretamente sua incidência? Segunda nossos cálculos da abrangência das 20 emissoras da RNA podemos estar chegando a cerca de 5 milhões de ouvintes por semana. qual nosso grau de incidência? quais nossas fragilidades e quais responsabilidades com os lutadores sociais da região?

Na mesma linha de reflexão, qual futuro da RNA na luta por defesa do bem viver na Amazônia? Se a conjuntura é hoje desfavorável as lutadores sociais, cm precisa agir as emissoras da RNA?

Se o custo de vida sobe e sobe quem está causando?

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Notícia comentada para Riomar  25.04.2022

Bom dia você em sintonia com a Rádio Riomar. Estamos na última semana de abril, inverno a toda força. Aqui em Santarém, os rios Amazonas/Tapajós avançam alagando a cidade e as chuvas transformando várias ruas esburacadas como tabua de pirulito. A previsão indica que também Manaus e as cidades beira rios terão cheia fora de série em breve.

Mais grave do que a enchente dos rios é a enchente da carestia que invade o Brasil e Manaus não escapa dessa avalanche. Sobem os preços dos alimentos, dos medicamentos, dos restaurantes e por aí segue a alta dos preços. A questão para você ouvinte e para nós é: o que está causando todo esse massacre sobre os trabalhadores, os pobres em geral? As chuvas fortes se sabe que são provocadas pelo inverno amazônico; mas a subida crescente dos preços de produtos essenciais à sobrevivência de quem ganha salário mínimo e mais ainda, para quem faz qualquer trabalho diário para conseguir alimentação, é cruel.

Se em São Paulo, uma pesquisa indicou que já no mês de março os produtos que tiveram maior aumento foram o tomate que subiu 41 por cento, o repolho que subiu 34 por cento e a cenoura, 32 por cento, imagine em Manaus. Será que uma família de salário mínimo, ou um diarista de 100 reais, em Manaus tem condição de comparar essas hortaliças e outras necessidades?

Quem está causando todo esse sofrimento para os pobres de Manaus e da Amazônia?

 Não dá para esconder que o desgoverno federal é o grande causador dessa grave situação. Se o preço da gasolina em Manaus está custando 6 reais e 29 centavos, e se o Brasil produz cerca de 3 milhões de barris de petróleo por dia, como explicar que a população pague tão caro o combustível e com isso, aumente tanto o custo de vida?  Por que o governo federal não controla a Petrobrás para baixar o preço dos combustíveis e aliviar a vida dos pobres e trabalhadores? Certamente é porque o governo federal não tem compromisso e respeito pelos cidadãos que sofrem as consequências, no Nordeste, em Santarém e Manaus. Até quando você e eu vamos ter que suportar essa situação? Compreende?

A ressurreição se atualiza hoje na Amazônia

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Editorial RNA 18.04.2022

Os cristãos acabam de celebrar a vitória da vida sobre a morte, com a ressurreição de Jesus de Nazaré. Para uns foi mais uma lembrança do acontecido lá em Jerusalém, sob os dois impérios, o romano e o da religião. Mas para outros cristãos mais atentos aos acontecimentos de hoje e de ontem, a paixão e ressurreição de Cristo está acontecendo neste momento. Além de a paixão está acontecendo dolorosamente nos países e guerra, como Iêmen, Síria, Sudão e Ucrânia, também está acontecendo nos territórios dos yanomamis, dos Munduruku e dos Xipaias; como também sofrem as dores da paixão de Cristo os ribeirinhos do rio Madeira e os do rio Tapajós; sofrem os moradores das periferias sem saneamento básico da zona leste e oeste de Manaus, das periferias de Porto velho e de Santarém. Esta e outras formas de Jesus Cristo continuar hoje pegando chicotadas e coroas de espinho na Amazônia, que tem nos políticos os Herodes, em certos governantes os sumos sacerdotes e em várias lideranças de organizações os sumos sacerdotes de hoje.

Mas também, como em Jerusalém, hoje na Amazônia estão acontecendo ressurreições. Os 8 mil indígenas lá em Brasilianos últimos 14 dias pressionando os Pilatos da vida do Congresso nacional, foi um sinal de vida nova; como também, a resistência dos jovens da gleba Lago Grande no município de Santarém, sensibilizando moradores das 160 comunidades para não venderem suas terras aos empresários, mesmo enfrentando pressões dos Herodes da vida, estes jovens são sinal de ressurreição; como também. Acontece ressurreição hoje nas associações de moradores que lutam pelo bem viver, defendendo a preservação do ambiente; quando um pai ou mãe de família sacrificam sua comodidade pala levar seus filhos aos posto de vacinação, ou ao hospital para salvar vida ali acontece ressurreição.

Assim sendo, os povos da Amazônia vão construindo sua história, mesmo quando invasores chegam e destroem a vida da floresta, do rio de dos moradores. É a luta permanente entre a vida e a morte. Mas com a certeza deixada pelo Jesus de Nazaré, que a vida vence e vencerá  a morte, custe o que custar.  Feliz Páscoa!

A ressureição atualizada na Amazônia

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Editorial RNA 18.04.2022

Os cristãos acabam de celebrar a vitória da vida sobre a morte, com a ressurreição de Jesus de Nazaré. Para uns foi mais uma lembrança do acontecido lá em Jerusalém, sob os dois impérios, o romano e o da religião. Mas para outros cristãos mais atentos aos acontecimentos de hoje e de ontem, a paixão e ressurreição de Cristo está acontecendo neste momento. Além de a paixão está acontecendo dolorosamente nos países e guerra, como Iêmen, Síria, Sudão e Ucrânia, também está acontecendo nos territórios dos yanomamis, dos Munduruku e dos Xipaias; como também sofrem as dores da paixão de Cristo os ribeirinhos do rio Madeira e os do rio Tapajós; sofrem os moradores das periferias sem saneamento básico da zona leste e oeste de Manaus, das periferias de Porto velho e de Santarém. Esta e outras formas de Jesus Cristo continuar hoje pegando chicotadas e coroas de espinho na Amazônia, que tem nos políticos os Herodes, em certos governantes os sumos sacerdotes e em várias lideranças de organizações os sumos sacerdotes de hoje.

Mas também, como em Jerusalém, hoje na Amazônia estão acontecendo ressurreições. Os 8 mil indígenas lá em Brasilianos últimos 14 dias pressionando os Pilatos da vida do Congresso nacional, foi um sinal de vida nova; como também, a resistência dos jovens da gleba Lago Grande no município de Santarém, sensibilizando moradores das 160 comunidades para não venderem suas terras aos empresários, mesmo enfrentando pressões dos Herodes da vida, estes jovens são sinal de ressurreição; como também. Acontece ressurreição hoje nas associações de moradores que lutam pelo bem viver, defendendo a preservação do ambiente; quando um pai ou mãe de família sacrificam sua comodidade pala levar seus filhos aos posto de vacinação, ou ao hospital para salvar vida ali acontece ressurreição.

Assim sendo, os povos da Amazônia vão construindo sua história, mesmo quando invasores chegam e destroem a vida da floresta, do rio de dos moradores. É a luta permanente entre a vida e a morte. Mas com a certeza deixada pelo Jesus de Nazaré, que a vida vence e vencerá  a morte, custe o que custar.  Feliz Páscoa!

Amazônia com mais da terra seguem Dorothy

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Notícia comentada para RED PAM 20.04.2022

Os meios de comunicação do chamado ocidente falam todos os dias sobre a guerra da Ucrânia, quase sempre sob a ótica dos interesses dos estados Unidos da América do Norte. Quase sempre ignoram outras guerras cruéis na Síria, Iêmen, Etiópia e várias guerras em países da África. Menos ainda se fala da guerra contínua que acontece no Brasil. Se na Ucrânia o que está em disputa são interesse de dois impérios político, econômico, militares, aqui no Brasil a disputa é entre o extrativismo predador, especialmente na Amazônia, e de outro lado os que lutam por sobreviver, camponeses, pescadores, indígenas e quilombolas.

A Amazônia é o maior palco de conflitos atualmente, porque aqui estão riquezas preciosas, como a floresta. Os minérios e os rios. O capital predador ignora que aqui vivem cerca de 27 milhões de moradores com direito a terra, trabalho e vida.

A Comissão Pastoral da Terra da Igreja Católica, todos os anos faz um levantamento dos conflitos agrários e publica um relatório mostrando como a ausência dos Estado para defender a natureza e os povos tradicionais, resultam em cruel estatística.  A CPT afirma que

“No governo Bolsonaro, a média de ocorrências de conflitos já é a maior da história. No ano passado, 35 pessoas foram assassinadas no campo, 29 somente na Amazônia. Isto indica um governo que não governa para o povo, mas para os oportunistas que invadem as terras sabendo que não serão punidos. Invadem destroem, matam os que resistem e ainda são protegidos pelo governo. Nem a justiça pune os criminosos, e os órgãos que deveriam proteger os cidadãos na Amazônia, ou estão sem recursos para agir, ou são cooptados pelos criminosos.

O relatório da Comissão Pastoral da Terra garante que, “entre as populações mais afetadas estão indígenas, posseiros, quilombolas, sem-terra, assentados e ribeirinhos.

Impressionante é que com tanta crueldade do governo federal ainda 26 por cento do eleitorado continua apoiando Bolsonaro para continuar no poder. Tais fanáticos incluem os ingênuos pobres manipulados e os oportunistas que tiram proveito e lucros com tais absurdos.

Dólar subiu subiram combustíveis, dólar baixou combustíveis não baixaram, por quê?

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 Notícia comentada para Riomar m18.04.2022

Bom dia ouvinte desta manhã, estamos na semana em que os cristãos acabam de celebrar a semana santa, isto é, celebraram a vitória da vide sobre a morte. Para os cristãos a ressurreição do mestre Jesus, é garantia de que nossa vida não termina no cemitério, Essa é uma boa Notícia para começar a semana. Afinal, os moradores de Manaus e de toda a Amazônia, vivemos momento de tantas notícias tristes, verdade?

Uma delas é a ambição de mais uma empresa capitalista insistindo em extrair potássio bem próximo das terras indígenas bem ali próximo de Altazes. O povo mura vem lutando para garantir respeito a seus direitos. Será que você ouvinte e moradores de Manaus e municípios vizinhos não tem nada a ver com aquilo? Será que depois de refletir sobre a paixão de Jesus, você fica indiferente às ameaças à vida do povo Mura ameaçado pela ambição da empresa?

Uma outra questão que você e nós precisamos encarar é a seguinte. Escute essa informação:  “Enquanto os brasileiros pagam cerca de R$ 7 ou R$ 8 reais no litro da gasolina e arcam com os custos da alta dos combustíveis, que se reflete nos alimentos e fretes, petroleiras médias que atuam no Brasil festejam a cotação do petróleo acima dos US$ 100 por barril. 

A PetroRio, apontada como a empresa mais eficiente do setor na América Latina, teve um lucro de um bilhão e 300 milhões de reais no ano passado”.   Esta a nova informação.

O presidente da república, pressionado por mais esse escândalo, tirou o presidente da Petrobrás, colocando outro mais criminoso ainda.  Se antes alegavam que a subida do preço dos combustíveis era por causa da subida do dólar, porém poucos dias atrás o dólar baixou bastante mas o preço da gasolina não baixou. Isto significa que o atual governo continua mentido para os moradores de Manaus e de todo o Brasil.

E por que ainda tem tantos eleitores brasileiros insistindo em apoiar esse presidente? Como explicar que em Manaus ainda haja tantos pobres que pensam votar nele em outubro? Estranhos eleitores que sofrem e se abaixam.

vida vence a morte ontem e hoje

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Editorial RNA 18.04.2022

Os cristãos acabam de celebrar a vitória da vida sobre a morte, com a ressurreição de Jesus de Nazaré. Para uns foi mais uma lembrança do acontecido lá em Jerusalém, sob os dois impérios, o romano e o da religião. Mas para outros cristãos mais atentos aos acontecimentos de hoje e de ontem, a paixão e ressurreição de Cristo está acontecendo neste momento. Além de a paixão está acontecendo dolorosamente nos países e guerra, como Iêmen, Síria, Sudão e Ucrânia, também está acontecendo nos territórios dos yanomamis, dos Munduruku e dos Xipaias; como também sofrem as dores da paixão de Cristo os ribeirinhos do rio Madeira e os do rio Tapajós; sofrem os moradores das periferias sem saneamento básico da zona leste e oeste de Manaus, das periferias de Porto velho e de Santarém. Esta e outras formas de Jesus Cristo continuar hoje pegando chicotadas e coroas de espinho na Amazônia, que tem nos políticos os Herodes, em certos governantes os sumos sacerdotes e em várias lideranças de organizações os sumos sacerdotes de hoje.

Mas também, como em Jerusalém, hoje na Amazônia estão acontecendo ressurreições. Os 8 mil indígenas lá em Brasilianos últimos 14 dias pressionando os Pilatos da vida do Congresso nacional, foi um sinal de vida nova; como também, a resistência dos jovens da gleba Lago Grande no município de Santarém, sensibilizando moradores das 160 comunidades para não venderem suas terras aos empresários, mesmo enfrentando pressões dos Herodes da vida, estes jovens são sinal de ressurreição; como também. Acontece ressurreição hoje nas associações de moradores que lutam pelo bem viver, defendendo a preservação do ambiente; quando um pai ou mãe de família sacrificam sua comodidade pala levar seus filhos aos posto de vacinação, ou ao hospital para salvar vida ali acontece ressurreição.

Assim sendo, os povos da Amazônia vão construindo sua história, mesmo quando invasores chegam e destroem a vida da floresta, do rio de dos moradores. É a luta permanente entre a vida e a morte. Mas com a certeza deixada pelo Jesus de Nazaré, que a vida vence e vencerá  a morte, custe o que custar.  Feliz Páscoa!

Potencial das comunidades como agentes de mudança climática

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Contribuição do Edilberto Sena para uma série de reflexões para Universidade da Amazônia colombiana;

Solicitação de Mercedes Megia Leudo (Florencia, Colômba)

12.04.2022 enviado em tradução ao espanhol gravado e por zap

O mundo hoje mais do que 50 anos atrás vive um contínuo confronto  de interesses, uma disputa por territórios, seja físicos, ou  mercados, como também religiosos.

De um lado os que buscam se apossar do território para tirar proveito, inclusive lucros a qualquer custo. Para isso, não se preocupam com as consequências destruidoras do bem viver da maioria e nem do equilíbrio climático. O extrativismo inescrupuloso invade rios, florestas, cidades como lobos vorazes.

De outro lado, estão os povos tradicionais da Amazônia, que lutam por sobreviver, com suas culturas ancestrais, seus sonhos e desafios. Maioria desses moradores tradicionais, vivem o dilema de manter seus costumes herdados de seus antepassados, ao mesmo tempo em que são pressionados pelo poder econômico que invade seus territórios, tanto fisicamente, comprando suas terras, invadindo suas vizinhanças, poluindo os rios e igarapés, como também invade com a propaganda ilusória dos meios de comunicação, incluindo hoje as redes sociais.

Mesmo sabendo que a disputa pelos territórios é desigual e as consequências para o equilíbrio do clima são muito graves, a situação pode mudar. Na Amazônia há sinais de tomada de consciência de vários grupos populares que se organizam e resistem. Um desses grupos que nos tem dado lições de resistência à destruição dos territórios, são os povos indígenas. Neste momento, no caso do Brasil, estão sei mil lutadores indígenas lá em Brasília. Representam 170 povos indígenas organizados na Associação dos povos indígenas do Brasil, APIB. Pressionam os políticos e os ministros do Supremo tribunal federal para respeitarem seus territórios ameaçados pelo agronegócio, mineradores e madeireiros. Organização, resistência planejada e assumida coletivamente.

Outro grupo de resistência à destruição, aqui na floresta amazônica brasileira, acontece na região da gleba Lago Grande do Curuai. São jovens militantes, que vendo a multinacional ALCOA querendo inavadir o território para explorar bauxita, além os empresários do agro negócio da soja, que pressionam os moradores a venderem suas terras, os jovens se organizaram no grupo que se chama Guardiães da flroesta e percorrem as 180 comunidades ameaçadas visitando família por família, com a  mensagem: “Não abra mão de sua terra”. Dessa forma os Jones se tornam defensores ativos tanto da terra, como do clima. Isto porque tanto o agro negócio como a empresa estrangeira destroem o ambiente para tirarem lucro.

Outra forma de defesa da casa comum na Amazônia, são os movimentos sociais populares. Um exemplo na região dório Tapajós é o Movimento Tapajós Vivo MTV, grupo que vem há 12 anos enfrentando os vários invasores do território tapajônico. O grupo começou enfrentando o governo que pretendia construir sete granes hidroelétricas ao longo do rio Tapajós. Pesquisando as várias consequências de tantas barragens num rio rico em água potável, peixes e quelônios, os militantes do MTV, passaram a sensibilizar as comunidades ribeirinhas para ampliar a resistência, promoveram caravanas aos locais ameaçados, buscaram apoio de pesquisadores defensores do meio ambiente para esclarecer as maldades dos projetos. Em parte deu resultado, pois com apoio do povo indígena organizado e guerreiro, conseguiram adiar os projetos até hoje.

Mas a luta não parou. Outros projetos empresariais e de governos vem ampliando as ameaças aos povos tradicionais da Amazônia.Com o bom preço da soja no mercado internacional, o agronegócio que já vinha invadindo os estados do sul e centro oeste do país, viram a Amazônia como a última fronteira agrícola disponível para eles. Os governos lhes deram apoio, recuperando rodovia, permitindo portos graneleiros ao longo dório Tapajós. Mais desafios aos que defendem o bem viver e a mãe natureza. Nesta luta hoje, além do MTV, há grupos do Movimento contra as barragens, MAB, a Pastoral da terra da Igreja católica e o Conselho indigenista Tapajós Arapiuns CITA.

Mesmo a disputa sendo desigual, porque o capital tem o apoio dos governantes irresponsáveis, os movimentos coletivos de resistência continuam vivos e resistentes. O que manifesta esperança é que outros movimentos populares vão surgindo pouco a pouco, no esforço de salvar a mãe natureza e o nosso clima ameaçado.

Amazônia para a vida ou para o capital predador

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Notícia pra RED Pam 13.04.2022

Se a maioria dos 215 milhões de brasileiros vivem hoje um grave momento de sua história, muito mais grave é a situação dos povos da Amazônia, entre os quais 170 povos indígenas. Isto porque os responsáveis pelo cumprimento da constituição nacional, políticos, governantes e juízes estão destruindo as regras constitucionais para servir ao capital.

Um dos exemplos atuais é o projeto de lei 191 em discussão no congresso nacional. Este projeto pretende autorizar exploração mineral e florestal nas terras indígenas. Os interessados nessa mudança na constituição são mineradoras, garimpeiros e o agro negócio e apoiados pelo genocida presidente Bolsonaro. O projeto de lei 191 está sob forte disouta. De um lado, mineradores, agronegócio e usuários de rios, pressionam deputados a aprovarem o projeto, De outro lado, neste momento estão em Brasília cerca de sete mil indígenas de todo o país, pressionando contra esse inconstitucional projeto.

Para a Aassociação dos povos indígenas, do Brasil, APIB, o projeto materializa o discurso de ódio e o racismo visceral demonstrado pela gestão Bolsonaro desde o primeiro dia de governo e institucionaliza a invasão das terras indígenas.  Em carta aberta já com um milhão de assinaturas de apoio os líderes indígenas denunciam que:

“a manipulação que o governo Bolsonaro faz do nosso direito à autonomia e portanto. Repudiamos esse projeto de morte que a qualquer custo quer implantar nos territórios indígenas, com impactos irreversíveis particularmente sobre povos indígenas isolados e de recente contato”. Enquanto isso, mais de 120 garimpos estão explorando ouro  nas terras yanomamis em Roraima, na fronteira com a Venezuela e também  mais de 20 dragas estão destruindo o rio tapajós, para explorar ouro dentro do rio. Assim, extarem ouro e despejam no rio lama e mercúrio. Nem a FUNAI, nem a Polícia federal estão agindo para defender os indígenas e o meio ambiente.

A paixão do profeta Jesus continua bem atual

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Notícia comentada para Riomar 11.04.2022

Bom dia ouvinte, estando nós no início da semana santa vamos fazer uma análise memorial dos acontecimentos que geraram esta anual santa semana, a paixão de Jesus de Nazaré, o Galileu

Fazer memória é tornar atual, 0 que aconteceu no passado, que é mais do que apenas lembrar. Comecemos pelos personagens daquela triste semana do ano 33 de nossa era. São eles, o partido político de Herodes, rei pelego e explorador dos pobres; O representante do invasor estrangeiro, Pilatos, interventor da Judeia; os Fariseus e sumo sacerdotes, donos da religião oficial; os discípulos ainda frouxos com medo do enfrentamento político policial; e também Jesus de Nazaré, profeta comprometido com os pores explorados, pela elite politico, econômico e religiosa.

Os pobres, além de serem desprezados pelos políticos, eram obrigados a pagar impostos, ao estrangeiro invasor, ao Herodes, que para se manter no trono, fazia o jogo dos interesses estrangeiros e ainda pagavam imposto à religião.

Nesse contexto de confronto de interesses, estava Jesus de Nazaré, o profeta que incomodava, principalmente os senhores da religião oficial. O motivo principal do conflito entre Jesus e os sumos sacerdotes, era que estes cultivavam uma religião legalista, que excluía os pobres. Para os fariseus, bastava cumprir as leis de Moisés e estavam salvos. Mas ignoravam o perdão, a solidariedade e o cuidado com os mais vulneráveis. Quando certa vez um deles perguntou, quem é meu próximo para eu poder amar, Jesus mostrou que o próximo é o que se preocupa com o outro.

Como o profeta Galileu contestava a falsa religião dos fariseus, estes se juntaram aos sacerdotes e decidiram desmoralizar e eliminar o herege Jesus nazareno. Para isso, pressionaram o interventor romano, que se mancomunou com o nojento Herodes.

Então, ouvinte, façamos a memória, isto é atualizemos a semana santa. Você pode identificar hoje em Manaus, no Amazonas e no Brasil, onde estão os personagens? Quais são hoje, os Herodes? os Pilatos, e os fariseus legalistas da religião? Pode ainda identificar os discípulos inseguros, medrosos de enfrentar as contradições da vida? Tem como identificar onde está Jesus hoje em Manaus? na Amazônia?

Por fim, com qual desses personagens sua vida se identifica hoje? Se por acaso, se identificar com o discípulo Pedro, que negou Jesus, na hora do perigo, aproveite a semana santa para também como Pedro, se arrepender e mudar sua rota de vida. Assim podemos atualizar a paixão de Jesus o galileu.