Mês: fevereiro 2023

Garimpo legal protege a natureza e os habitantes ao seu redor?

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12:13 (há 3 horas)
para mim

Editorial RNA 27.02.2023

Amazônia e seu eldorado, ao mesmo tempo, uma das causas de sua destruição. Áreas auríferas estão por toda Amazônia, Mato Grosso, Pará, Roraima, Amazonas, enfim, nos nove estados da região, há filões de outro, além de outros minérios. Isso é bom ou ruim? Depende.

Para o ambicioso capitalista, negociante do ouro, excelente; para o Estado brasileiro, se bem controlado, faz bem à economia nacional; para o pobre desempregado, uma saída para sobreviver na garimpagem. Mas para os povos que vivem nas regiões de minérios e para a natureza, a mineração e os garimpos são fontes de destruição. Daí a questão séria: de que adianta legalizar garimpos e mineração industrial, se as consequências são graves para a natureza e os povos ao seu redor?

Neste momento o governo democrático vive um dilema: é urgente acabar com os garimpos ilegais, como ilustra as consequências deles ao povo Ianomâmi, mas não só, garimpos estão espalhados pelos rios Tapajós, Madeira, Xingu, entre outros. Daí a decisão explícita do presidente da república de acabar com garimpos ilegais.

Porém, Como atender as necessidades de milhares de garimpeiros que trabalham ainda nos garimpos que devem ser extintos nos próximos meses? Vai o governo continuar com a permissão de lavra de garimpo legalmente constituído? O fato de ser legal, torna o garimpo inofensivo à natureza e aos habitantes do seu entorno? Certamente que não. Nem tudo que é legal é legítimo.

Quando na vida um alimento prejudica a saúde, a saída é parar de comer aquilo. No caso da mineração, a solução para o bem ambiental e das vidas humanas é o Estado proibir todo tipo de garimpo, sim ou não? O povo brasileiro já viveu um tempo sem garimpos e não morreu

Tradição de necessidade de mudança

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Editorial RED PAN 22.02.2023

Cuaresma, 40 días en preparación para celebrar la victoria de la vida sobre la muerte, teniendo a Jesús de Nazaret, con su resurrección, la garantía de que nuestra vida no acaba en el cementerio. Cada año, la Iglesia Católica promueve esta cuarentena, motivando a sus seguidores a hacer penitencia, evaluar sus caminos de vida y, en la última semana, la Iglesia se enfoca en el recuerdo de la pasión, muerte y resurrección del Maestro Jesús. En un intento por sensibilizar a sus feligreses sobre sus vidas y buscar la renovación del compromiso bautismal, los líderes de la Iglesia se enfocan en la necesidad de la penitencia. Este año, ofrecen a los cristianos una propuesta para cambiar de actitud, con la Campaña de la Fraternidad, cuyo lema es: La fraternidad y la lucha contra el hambre de los pueblos.

En los últimos 40 años, a pesar de que cada año se celebra la Cuaresma y la Semana Santa, el número de católicos ha ido disminuyendo, ¿por qué?… Mientras tanto, el número de seguidores de las diversas iglesias protestantes ha ido aumentando rápidamente. Hasta el punto que el IBGE prevé que en otros 5 años, habrá más simpatizantes de las iglesias protestantes que de la Iglesia Católica. Esta es una señal de los tiempos y Jesús advirtió a sus seguidores que aprendan a interpretar las señales de los tiempos.

Es hora de que sacerdotes, obispos, laicos y laicas comprometidos en la labor pastoral aprovechen este nuevo tiempo de Cuaresma para hacer un balance más profundo de cómo está siendo la motivación de quienes tienen una función pastoral, para verificar el método de evangelización. , la forma de celebrar los sacramentos , misa, bautismo, matrimonio, eucaristía, confirmación, etc. Además, es hora de que los pastores católicos evalúen si el modo de ser Iglesia en la comunidad se acerca al modo de evangelizar de Jesús. Aunque rara vez iba a la sinagoga y menos al Templo, Jesús casi siempre tenía mucha gente a su alrededor.

Algunos fueron por un favor, una cura; otros fueron porque simpatizaron con su propia forma de seguir la religión y otros, como Magdalena, María Cleofás y los 12 apóstoles, caminaron con él porque decidieron aprender a liberar a los demás como él lo hizo.

Quaresma dice que es tiempo de cambios, pero no solo personales, debe incluir un cambio en la forma de ser Iglesia hoy, en el mundo. De ahí el tema oportuno de CF: “Denles de comer ustedes mismos”. No sólo harina y pescado, sino una nueva forma de anunciar la buena noticia.–

Governo Lula quer enfrentar deficit de moradia dos pobres

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Notícia comentada para RED PAM 15.02.2023

O direito a uma moradia própria hoje é um compromisso do governo brasileiro, diante da gravidade da situação de milhares de famílias sem uma casa própria. Já em 2009 o governo Lula iniciou o projeto Minha casa minha Vida com objetivo de atender as famílias  pobres.

Na cidade de Santarém, com 325 mil habitates, em plena Amazônia, dois projetos Minha casa minha vida foram iniciados naquele ano. O déficit habitacional na cidade era de 27 mil habitações e os dois projetos atenderiam cerca de 6 mil casas para famílias de baixa renda, subsidiadas pelo governo. Um dos projetos com 3.500 casas foi concluído e entregue aos necessitados. O outro projeto de mais 3.500 casas foi construído, porém ficou sem uso desde então, por problemas de conflitos locais.

Agora 14 anos depois, como retorno do governo Lula da Silva, o conjunto habitacional interrompido, será recuperado devido os estragos do abandono de 12 anos e entregue a novas famílias da cidade. Neste meio tempo, cresceu o número de famílias sem casa própria.

O governo pretende agora financiar a construção de dois milhões de casas própria até o ano 2.026 no Brasil. Tal compromisso indica a consciência ética do presidente Lula da Silva com a questão social de seu povo.

Manaus, capital do Estado do Amazonas é um exemplo da crise habitacional de toda a Amazônia.  Com uma população de 2 milhões e 500 mil habitantes, Manaus tem déficit de moradias de 25,4%, Além disso, o dado do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística garante que 53,3% das residências de Manaus são aglomerados subnormais, são ocupações irregulares e habitações com carência de serviços básicos como esgoto, água encanada e iluminação.

Tragédias mais tragédias levam ao colapso do planeta

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Editorial Rede Aparecida – 15,02.2023

A Turquia vai levar dezenas de anos para recuperar a vida de seu povo, tendo ajuda humanitária. Terá mais sorte do que o povo do Haiti, onde semelhante tragédia ocorreu e não se recuperou, porque a ajuda humanitária foi ilusória.

A tragédia dos Yanomamis é causada pelas mãos humanas e calculam alguns que levará centenas de anos para ser recuperada. As tragédias das hidroelétricas de Jirau e Santo Antônio, de Teles Pires e Belo Monte, necessitarão de centenas de anos para serem recuperadas, se é que um dia serão.

Há tragédias bem divulgadas e causam solidariedade social e de governos. Outras grandes tragédias são abafadas pelos meios de comunicação, não causam tanta consternação para quem está distante, mas são tão catastróficas e criminosas, como os garimpos nas terras Ianomamis e  dos Munduruku no Tapajós.

A destruição das terras dos povos tradicionais da Amazônia é uma tragédia, que só quem vive nas comunidades ribeirinhas e rurais sabe as consequências. Nos últimos 23 anos foram 180 mil quilômetros de árvores derrubadas na região. Para completar a tragédia, mais de cem tipos de venenos agrícolas têm sido despejados no solo amazônico. Para os donos do agronegócio, não há dor de consciência, pois estão todos legalizados, inclusive os venenos são legais. Esta é mais uma tragédia menos divulgada como tal, mas justificada para sustentar a economia do país. Afinal, a China compra quase tudo que a tragédia produz. Alemanha e Noruega também compram parte dos produtos e compensam com o Fundo Amazônia, para aliviar a consciência.

Quando os cientistas do clima alertam que o relógio do colapso do planeta está nos últimos minutos, isso não comove o mercado internacional, nem os causadores de tragédias na Amazônia e no Haiti. É como no tempo de Noé, enquanto este construía a arca prevendo a tragédia, a maioria festejava em banquetes. Tragédias são um aviso de que um outro mundo é urgente, mas poucos querem construir.

União com estratégia ajuda a salvar nossa casa Comum

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Editorial RNA 13.02.2023

É compromisso de atual governo salvar a Amazônia. Que quer dizer tal compromisso? No primeiro discurso de posse, o presidente Lula da Silva foi claro em dizer, que acabaria com derrubada de floresta, com garimpo ilegal e defesa dos povos originários. Como propósito foi um bom início. Em seguida escolheu duas mulheres altamente comprometidas com a defesa da Amazônia, outro bom sinal.

Em poucos dias se revelou um escandaloso fato da destruição da Amazônia, com a tragédia do povo Yanomami. No mesmo instante, o presidente foi lá, viu e tomou as primeiras providências para salvar aquele maltratado povo, vítima dos garimpos. Acontece que as ameaças de outras tragédias na região estão expostas, nos povos Munduruku no Tapajós,  e Kaiapó no rio Xingu. Inclua-se também os povos vivendo ao longo dos rios Madeira, Teles Pires e Juruena.

Então outra questão: Sônia Guajajara e Marina Silva terão real apoio do governo democrático, quando exigirem parar de vez com derrubada de florestas para sustentar o agronegócio  da soja e gado, que na visão do mercado, são importantes para sustentar a economia do país? Marina Silva terá força de impedir construção de hidroelétricas no rio Tapajós, onde há sete projetos engavetados no Ministério de minas e energia?  

Não bastará a boa vontade do presidente da república, nem será a persistência da ministra do meio ambiente suficiente para frear as ambições do capital. O poder econômico é um monstro de sete cabeças.

Daí que junto com as corajosas ministras comprometidas com a Amazônia, é urgente que a sociedade civil amazônida especialmente os movimentos sociais, junto com os povos indígenas organizados, estejam atentos para impedir a continuidade da destruição da Casa comum, tão necessária também para sustentar o equilíbrio do planeta.

O passado recente nos alerta que não bastam boas intenções para manter a vida no planeta e na Amazônia.

Políticos são donos do cargo, ou servidores do povo?

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Editorial Rede Aparecida 08.02.2023

Encarregar uma raposa a tomar conta de um galinheiro é uma atitude burra e raivosa com as galinhas. Assim também, entregar o cuidado com meio ambiente na câmara federal só pode ser decisão raivosa e insensata. Afinal, o fulano indicado para tal cargo tem rastro de destruição, irresponsabilidade e mal caráter.

Mesmo que a maioria dos deputados rejeite tal nome para a comissão de meio ambiente, a mera sugestão de quem apontou merece uma avaliação séria. Numa democracia, mesmo como a frágil brasileira, terá um deputado, ou senador, direito absoluto de tomar decisão sobre questão de tanta sensibilidade como é o caso do cuidado com meio ambiente? Não é que, mesmo em caso de apontar um responsável de um cargo de repercussão nacional, deveria haver uma consulta à sociedade civil organizada? Ainda mais num ambiente tão desgastado como do atual Congresso nacional.

Num país democrático, é normal haver oposição e apoio ao governante. Mas toda oposição para ser justa tem que estar baseada na ética e na defesa do bem comum da população.

É por situações desgastantes como essa de apontarem um irresponsável comprovado para uma importante comissão de meio ambiente na Câmara federal é que cada vez mais a sociedade civil perde confiança nos políticos. E assim, como nas últimas eleições, votaram em qualquer um que seduzisse com propostas ilusórias. Por isso que vários notórios recalcitrantes pessoas públicas foram eleitas para deputados e senadores.

Triste país que vem sendo apelidado de república bananeira, por essas e outras propostas indecentes dos políticos com mandato.

Tragédia por tragédia Amazônia compete com o mundo

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Notícia comentada para Red PAM 08.02.2023

O mundo fluido vive momento intenso de tragédias, com mais graves sofrimentos para os pobres. Além das criminosas tragédias das guerras na Ucrânia, Síria, Yemen, Sudão, entre outras, aconteceu agora o terrível terremoto na Turquia e Siria, com tantas mortes e desabrigados. As tragédias continuam acontecendo simultaneamente como sendo um anúncio de apocalipse.

Também tragédias estão acontecendo na Amazônia brasileira. Desta vez causadas pela ambição de capitalistas do saque do ouro e exploração de seus trabalhadores garimpeiros. No caso específico dos garimpos no território privado do povo Yanomami, no Estado de Roraima.

Enquanto os donos de garimpos recolhem o ouro e vendem para fora do país, acumulam riquezas, compram avionetas e helicópteros, os trabalhadores enfrentam a floresta, utilizam mercúrio e extraem ouro de seus patrões, Ao mesmo tempo, invadem o território do povo Yanomamy, semeiam doenças, fome e mortes.

Neste cenário, de um lado cerca de 22 mil garimpeiros, do outro, 25 mil Yanomamis, entre crianças, jovens, adultos, todos tentando viver sua cultura. Antes da invasão dos garimpos, viviam de acordo com seus costumes ancestrais, dos frutos da floresta e dos rios, viviam seu bem viver.

Hoje estourou a tragédia que vinha acontecendo com suporte do governo Bolsonaro e seus irresponsáveis. Em um ano e meio morreram 550 crianças de fome e malária, adultos caíram doentes e desnutridos por falta dos frutos da flroesta invadida pelos garimpeiros armados e violentos.

Com a chegada do novo governo Lula da Silva, sendo exposta a tragédia, o presidente tomou providências emergenciais para salvar os Yanomamis, com cuidados médicos e alimentos. Ao mesmo tempo decretou o afastamento definitivo dos garimpeiros. E então chega nova tragédia humana. Como deixarem a floresta e suas ferramentas 22 mil garimpeiros. Saída de lá só pelos rios e de avião, pois não há estradas. Mas o governo proibiu aviões chegando ou saindo dos garimpos. Calculam alguns que sejam mais de 50 pequenos aviões que pousavam em mais de um mil capôs de pouso clandestinos.

Que fazer? O governo cuida dos 22 mil yanomamis carentes de tudo. Os donos de Garimpo alegam que não podem retirar seus trabalhadores por estarem proibidos de pousar na região.

Tragédia, desta vez causada por quem só pensava em extrair ouro e enriquecer. Tragédia na Amazônia.

Fundo Amazônia ajuda mas não resolve o salvamneto da Casa Comum

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Editorial para rede Aparecida – 01.02.2023

Chegar um bilhão de reais ofertado pela Alemanha de ajuda a salvar a Amazônia não é mal, liderado pelos Ministérios do Meio Ambiente e dos povos indígenas. O Fundo Amazônia tem um lado estranho ao deixar impressão que o Brasil não tem condição de cuidar da região, o que não é verdade, pois recursos há, dependendo de como é utilizado.

Por outro lado, a doação é mais um tipo de desencargo de consciência dos países doadores, por permitirem que suas empresas ampliem a destruição da Amazônia, ao comprarem commodities, especialmente carne e soja, que destroem a floresta, como também as mineradoras que prejudicam o solo, subsolo e povos do entorno.

Não é válido rejeitar o recurso doado, mas é preciso que seja aplicado de modo que venha fortalecer o cuidado com os povos e o meio ambiente da região. Tem razão um economista calculando que reflorestar a Amazônia é mais produtivo do que criar gado. É mais produtivo do que plantar soja, abrir mineração e garimpos.

A destruição da floresta amazônica, chegou a um trágico índice de 11 mil quilômetros quadrados só no ano passado. Somando a destruição desde 2003, quando chegou o porto da multinacional CARGILL em Santarém, 20 por cento de toda a floresta amazônica foram destruídos, equivalente a cerca de 180 mil quilômetros quadrados em apenas 20 anos. Isto indica que dois bilhões de reais doados pela Alemanha e Noruega, não serão suficientes para atender a urgente necessidade de reflorestar a Amazônia e cuidar dos povos tradicionais.

Para atender a tão sérias demandas com a casa comum, o governo brasileiro terá que aparelhar bem os órgãos ambientais, hoje sucateados, e apoiar rigorosamente os Ministérios do Meio Ambiente e o dos povos indígenas. Junto com isso, intensificar campanhas nos meios de comunicação, e com educação ambiental nas escolas