Mês: julho 2022

E a terra pode ter direitos constitucionais?

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Análise política para Riomar 01.08.2022

Bom dia ouvinte, Entramos no mês de agosto enfrentando mais  calor, pois muitos não se preocupam com os avisos da natureza e continuam derrubando floresta, escavando rios para extrair minérios e até nos bairros da cidade, queimando lixo, jogando plásticos na rua e no igarapé. Tudo isso  agride a natureza e esta não perdoa. Diz um ditado que Deus perdoa sempre, nós humanos perdoamos de vez em quando, mas a natureza não perdoa a quem a agride.

Estou aqui em Belém participando do Fórum social Pan amazônico, junto cerca de 5 mil participantes de vários países amazônicos, inclusive lutadores sociais do Amazonas. Vale a pena você ouvinte, saber um pouco da importância desse fórum amazônico. Os assuntos aqui debatidos, são sinais de que não apenas os destruidores  do nosso bem viver, estão agindo perversamente para ferir a natureza, mas cresce também o número dos que buscam respeitar os povos e a mãe terra.

Entre dezenas de assuntos debatidos e partilhados no fórum, um está ligado ao desequilíbrio do clima, que se manifesta no forte calor de Manaus, vários incêndios na Europa, enchentes no nordeste do Brasil.

Foi um debate sobre os direitos legais da terra. Você poderia indagar: mas a terra tem direitos? Se tem, como a terra pode defender seus direitos? Pois é, países como Equador e Bolívia já registram na constituição nacional, os direitos da natureza. Ela é um ser vivo que atende às nossas necessidades e reage quando como agora, é abusada com destruição de florestas, poluição de rios e igarapés.

Se nós humanos tratamos bem a natureza, ela nos trata muito melhor. Mas se abusamos dela, reage como agora, com esse calor intenso, queimadas descontroladas e outros tipos de reação. Daí a necessidade urgente de nosso país, também incluir na constituição os direitos da mãe natureza e fazer cumprir rigorosamente. Ela não é objeto a ser explorado.

Falso argumento para diminuir idade penal de jovens

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Análise política para Riomar 25.07.2022

Bom dia ouvinte, Manaus com seus 2.2 milhões de moradores permanentes e outros milhares de visitantes temporários, tem muitas virtudes, povo hospitaleiro, zona industrial, riqueza de peixes na culinária, entre outras atrações. Por outro lado, é uma cidade que enfrenta vários problemas sociais, econômicos e de justiça social.

Um desses problemas é o índice de crimes de adolescentes e sobre jovens abaixo de 18 anos. Os casos de violência infantil registram aumento de 17%, em Manaus, nos primeiros meses deste ano. Foram 462 ocorrências67 a mais do que o registrado nos quatro primeiros meses de 2021. Ao mesmo tempo as infrações e crimes de adolescentes tem aumentado anualmente em Manaus.

Diante de tantos crimes provocados por adolescentes na capital, como em outras cidades da Amazônia, há os que clamam por reduzir a maioridade penal a fim de coibir tais crimes. Alegam os indignados com o aumento de crimes de adolescentes, que aos 16 anos o garoto já tem capacidade de julgar seus atos.

A questão é, resolverá a situação pelo fato de a justiça poder condenar um adolescente que cometeu um crime por mais grave que seja? Tem ele ou ela realmente capacidade de medir todas as consequências de seus atos?

Quando se analisa o índice de famílias desestruturadas, casais que se separam deixando crianças e adolescentes sem apoio; quando se confere o auto índice de desemprego na capital amazonense, como garantir que um adolescente criado nesse clima, pode estar em plena consciência de maturidade? E mais, quando diariamente os meios de comunicação noticiam os crimes de políticos e autoridades que desviam dinheiro público, ou fecham olhos para crimes ambientais de adultos, como esperar que adolescentes sejam passiveis de julgamento diminuindo a idade penal?

 Um adolescente infrator deve ser punidos, mas para isso existe o Estatuto da Criança e Adolescentes, o ECA, sem precisar diminuir a maioridade penal.  Justiça seja educativa e não punitiva como de adulto. Concorda?

Bolsonaro está desesperado e inventa emergência popular

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Análise política para Riomar 10.07.2022

Bom dia ouvinte de Manaus e do Amazonas, faltam precisamente 71 dias para ficarmos diante das urnas eleitorais. Esse é o tempo que você e eu temos para clarear, se ainda estiver meio indecisa a consciência para definir quais políticos precisam receber nossos apoios para a mudança social em nosso Amazonas e país.

A situação não pode continuar como está hoje. A fome se alastra e muitas famílias nas periferias de Manaus, Itacoatiara, Careiro e em toda a Amazônia. Calculam os estudiosos que hoje no Brasil cerca de 15 milhões de brasileiras/os almoçam, mas não jantam por falta de recurso. Certamente uma parte desses carentes estão em Manaus. No Amazonas, a fome afeta 2,7 milhões de pessoas já há dois anos.

O atual governo de repente inventou uma situação de emergência, como se a fome só existisse agora e mais humilhante ainda, criando um auxílio emergencial de 600 reais só até dezembro. Por que só até dezembro? Um clara jogada criminosa dos políticos federais, inclusive do Amazonas, para iludir os pobres. É chamar os 15 milhões de brasileiros/as como cachorros famintos atraídos por um ossinho amarrado num caniço. Como podem os deputados e senadores chegarem a tal ponto de se aproveitar da fome e miséria de 15 milhões de brasileiros, entre os quais eleitores/as de Manaus, para iludirem com apenas 600 reais por apenas 5 meses. Como aceitar tamanha agressão aos pobres? Tristes ditos representantes dos povos de Manaus, da Amazônia e do Brasil todo.

Até o dia das eleições nacionais, como a maioria dos e das eleitoras de Manaus vão responder a essa humilhação dos políticos que aprovam o tal auxilia emergencial só apenas por dois meses depois das eleições? E depois?

Forum pan amazônico a luta continua

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Editorial RNA 25.07.2022

Nesta semana Belém do Pará será a capital da resistência popular contra a destruição humana e ambiental da pan Amazônia. De 28 a 31 deste mês acontecerá o décimo Forum Pan amazônico. Se de um lado, os governos estaduais e federal patrocinam a destruição do bioma e povos da Amazônia,   m, m de outro lado, centenas de organizações sociais e populares, ONGs e Igrejas estarão partilhando suas lutas, esperanças, e os desafios que enfrentam para construir o Bem viver nas comunidades dos nove países que compõem a pan Amazônia.

O Forum Pan amazônico tem sido uma longa caminhada de resistência das organizações da sociedade civil para alimentar a solidariedade e alianças nas várias lutas de cuidado com a casa Comum. De dois em dois anos o fórum tem acontecido há 20 anos. Primeiro em Belém, em seguida em Santarém, Macapá, Cubija na Bolívia, Tarapoto no Perú, na Venezuela e agora novamente acontecerá na capital paraense.

São esforços de partilha de lutas, busca de alianças entre os vários grupos que lutam em defesa da vida. Este décimo Forum que inicia na quinta feira, será organizado em sete temáticas: Casas de Saberes e Sentires; Grandes Eventos; Atividades Autogestionadas; Plenárias; Atividades Culturais; Tendas; e Atividades Coligadas. 

No dia 28, por exemplo, pela manhã haverá uma plenária da Frente de resistência em defesa do território na Amazônia. São várias frentes de enfrentamento à destruição promovidas pelo agronegócio, mineração, fazendas de gado e logística de portos que atingem floresta, rios e meio ambiente. Este será um tema partilhado por várias organizações que defendem o ecossistema afetado pelo capital extrativista.

Assim dezenas de seminários, exposições e ações auto gestionadas estarão acontecendo dentro do campus da Universidade federal do Pará. Organizações da sociedade civil de Bolívia, Peru, Colômbia e demais países amazônicos estarão partilhando suas lutas e esperanças.

Tudo está interligado para o bem e para o mal

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Editorial Rede Aparecida 20.07.2022   

Os pesquisadores estão alertando e o planeta está gritando por socorro. No entanto, boa parte dos humanos não quer admitir que o colapso do planeta está se aproximando rapidamente.

O que tem a ver as violências ao bioma Amazônia com as inundações ocorridas há pouco em Petrópolis, em Minas Gerais, na Bahia e no rio Grande do Norte? O que tem a ver os 11 mil, quilômetros de floresta destruídos no ano passado e 4.500 quilômetros destruídos nos primeiros seis meses deste ano na Amazônia, com o fogo matando mais de mil pessoas na França, Espanha e Portugal?

Nada a ver, ou tudo a ver? Com a diminuição da floresta, diminuem também os chamados rios voadores gerados pelas árvores, que antes iam para o sul e sudeste do país. Tudo tem a ver e tudo está interligado para bem e para mal neste planeta. Não percebe quem não quer e quem fica entretido com notícias falsas, mas os estudiosos estão alertando. Se o agronegócio, as mineradoras, as fazendas continuarem com desordem das leis ambientais como hoje, dentro de mais 20 anos a Amazônia deixa de ser floresta com todas as consequências cujos sinais já estão à vista. 

Quem vive na região sofre as consequências da falta de responsabilidade dos governantes e legisladores. Os rios estão contaminados com subprodutos dos garimpos, as lavouras de soja e milho estão pulverizadas com venenos agrícolas e as fazendas invadem a floresta, tudo para atender aos interesses do capital predador. Mas não só os moradores da região, os do Nordeste e do sul já sentem os impactos da destruição. Não há desculpa, aqui se faz e aqui se paga. Infelizmente quem menos destrói é quem mais sofre as consequências.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    

A quem recorrer para salvar a Casa comum?

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Editorial RNA 18.07.2022

Refletir sobre destruição da Amazônia já parece repetição sem efeito. No entanto, água mole em pedra dura tanto bate até que fura, diz o ditado. Por isso, não se pode parar de denunciar o absurdo da ganância por ouro, lucro e destruição da Casa Comum e os 29 milhões de moradores dela. Não só prejuízos para os moradores da Amazônia, mas do planeta todo, como são sinais as inundações, secas, fogo e falta d’água pelo Brasil e mundo afora. Em relação direta com a Amazônia, eis alguns fatos atuais:

O governo de Rondônia oficializou a criação de um grupo de trabalho para tratar das mudanças na Lei do Zoneamento Sócio Ecológico-Econômico no Estado. Publicado pelo site O Eco na última quarta feira; com tais mudanças áreas de proteção serão esvaziadas.

O cientista Philip Firnside afirmou sábado passado o seguinte sobre a rodovia Manaus Porto velho: “A BR-319 liga o arco do desmatamento com Manaus e migra os atores que desmataram tudo. E tem as estradas que seriam ligadas à rodovia. Ninguém fala sobre esses ramais, fingem que é só a estrada principal. Eles vão perfurar todas as unidades de conservação que foram criadas para barrar o avanço do desmatamento”.

E poderíamos encher páginas de exemplos de como as autoridades estaduais e federais não estão preocupadas com o fim da floresta e o desastre do planeta. Ainda se pode incluir projetos hidroelétricos no Tapajós, a ferrovia do agronegócio ferrogrão, e tantos outros.

A questão é, se os políticos e governantes não se importam com o desastre, será que os lutadores sociais, as igrejas cristãs, as organizações de mulheres, ribeirinhos, povos indígenas, vão ou não se juntar e reagir coletivamente para salvar vidas humanas e da floresta? Esperar por milagre não existe, ou os que sofrem os impactos se juntam e montam uma estratégia de resistência, ou todos serão esmagados pelo capital suicida.

Será mentira , ou será verdade que eles enganam?

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Análise política para Riomar 18.07.2022

Bom dia ouvinte, impressiona ver como há uma distância tão grande entre os sofrimentos das famílias desempregadas, ou vivendo de bico em Manaus hoje e a forma como os políticos federais abusam do poder de enganar os pobres. Ou será que você acredita na honesta boa vontade dos deputados e senadores que decidiram na semana passada aprovar a tal emergência nacional com o auxílio de 600 reais para os que passam fome?

Falando sério, alguém acredita que os políticos estão realmente preocupados em acudir os que passam fome? Aprovando um auxílio de apenas 600 reais para apenas cinco meses, justamente na véspera das eleições nacionais? A emergência a que os deputados e senadores aprovaram na nova lei, será a emergência dos que passam fome, ou a emergência de conseguirem votos para sua reeleição em outubro?

Essas interrogações são dirigidas a você ouvinte, porque afinal nós precisamos levar muito a sério nosso poder de voto no dia 2 de outubro. Essas decisões de última hora dos políticos são desonestas porque não atendem realmente às necessidades dos trabalhadores e pobres. Repare, ouvinte, que a aprovação da tal lei emergencial foi aprovada por quase total número de senadores e deputados federais, entre os quais estão os atuais do Estado do Amazonas.

Por isso, sabendo que essa tal lei emergencial foi aprovada agora na ante véspera das eleições e sabendo que eles já devem estar batendo em sua porta solicitando gentilmente seu voto, não podemos ser alienados, indiferentes e conformados de não valorizar nossos votos. Votar é preciso, mas votar para mudar a situação atual da desmoralização a que chegou a política e administração nacional, que ignora os trabalhadores e pobres, ignora os doentes e as crianças e querem continuar a nos fazer de otários. Política é coisa séria e tem consequências para bem ou para mal, como agora para os povos da Amazônia

Brasil amanhã como será?

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Noticia comentada para RED Pan – 14.07.2022

Quedan dos meses y medio para las elecciones federales en Brasil. El gran desafío para el pueblo brasileño será decidir continuar con un país destruido social, política y ambientalmente, o comenzar a reconstruir la democracia que alguna vez fue el líder sudamericano a principios de este siglo. En esta disputa electoral hay dos focos en juego. Uno, a continuación de la desigualdad social que ha tocado fondo, con 20 millones de brasileños viviendo por debajo del umbral de la pobreza, con un dólar al día para sobrevivir; el otro foco en juego es la Amazonía con el 19 por ciento de sus bosques destruidos, ahora amenazados de transformarse en sabana.

Dos proyectos de gobierno están al frente de las encuestas de opinión electoral. Uno, el actual dirigido por el todavía presidente Bolsonaro, apoyado por los militares oportunistas. Además de los militares, Bolsonaro cuenta con el apoyo de dos tipos de votantes. empresarios de agronegocios y otros exploradores de las riquezas de la Amazonía; otros simpatizantes son fanáticos vinculados a las iglesias evangélicas, o engañados por la propaganda contra el partido de los trabajadores.

En apoyo al candidato Lula da Silva, el respaldo ha sido muy alentador, como lo indican las encuestas con un 44 por ciento a favor. Entre los partidarios del candidato Lula da Silva se encuentran varios movimientos sociales que luchan por una política diferente que cultive las riquezas de la Amazonía sin sumisión al capital internacional e sin destruir la floresta.

La semana pasada, varios activistas de movimientos sociales se reunieron en Santarém para presentar un proyecto de cuidado de las poblaciones y del bioma amazónico, para el próximo gobierno democrático que se elegirá en octubre. Los activistas son conscientes de que aunque sea elegido el expresidente Lula da Silva, el desafío de cuidar la Amazonía siempre será desafiante.

Después de todo, en sus primeros 10 años como gobernante, Lula da Silva hizo mucho daño a la Amazonía, con su programa para acelerar el crecimiento económico del país. Los empresarios avanzaron sobre la riqueza forestal y mineral. Hoy, la Amazonía es invadida por mineros, agricultores, madereros, invadiendo territorios indígenas y creando grandes centros de ciudades sin saneamiento básico y trabajadores desempleados.

Por eso, los participantes del encuentro de movimientos sociales prepararon una carta de compromiso que ya fue presentada al actual candidato Lula da Silva. Tras la elección, Lula da Silva, deberá enfrentar la presión de sus partidarios en la Amazonía, quienes no darán tregua a su gobierno de coalición con el centroderecha y los empresarios del país.

como salvar a Amazônia num governo de coalizão do PT?

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Editorial para Rede Aparecida 14.07.2022

O grupo de 70 militantes de movimentos sociais da Amazônia, reunidos em Santarém, estão conscientes do grande desafio que terão pela frente, mesmo sendo eleito presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Duas entre outras grandes causas para o desafio dos lutadores socioambientais da região. Uma, o desastre a que foi reduzida a grande Amazônia, saqueada pelo extrativismo predador. Por conta disso, além de as leis ambientais estarem abandonadas e os territórios indígenas invadidos, os rios estão envenenados por mercúrio e lama, o desemprego aumenta e estimula muitos jovens a buscarem os garimpos, como forma de sobrevivência. Hoje cerca de 29 milhões de moradores vivem e sofrem as consequências da invasão na Amazônia;

Outra grande preocupação para os militantes em defesa da Amazônia, é que: o próximo presidente da república, para superar hoje os obstáculos eleitorais, o Partido dos Trabalhadores tem que fazer alianças com a burguesia empresarial e partidos de centro direita. Se de um lado esta é provavelmente a única forma de superar a máquina destrutiva do outro candidato, no entanto, essa estratégia já tem história, pois foi semelhante à opção de 2002, que em seguida gerou o PAC (programa de aceleração do Crescimento econômico) e que gerou o avanço da invasão capitalista na Amazônia. Como ser diferente hoje, eis o dilema.

Conscientes disso, os movimentos sociais em Santarém tentam fazer sua parte. Elaboraram uma proposta de governo para Amazônia, já entregaram em mãos do candidato, agora prometem acompanhar e insistir a partir do próximo ano, para que as políticas de Estado e de empresários sejam novas e respeitem o que ainda resta de vida na Amazônia. Com ele hoje, mas amanhã mantendo enfrentamento, em busca de nova política que respeite as vidas do bioma e dos 29 milhões de seus moradores.

Cachorro com fome assim é o novo auxílio emergencial de seis meses

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Análise política para Riomar 10.07.2022

Bom dia ouvinte de Manaus e do Amazonas, faltam precisamente 71 dias para ficarmos diante das urnas eleitorais. Esse é o tempo que você e eu temos para clarear, se ainda estiver meio indecisa, a consciência para definir quais políticos precisam receber nossos apoios para a mudança social em nosso Amazonas e país. As eleições de outubro próximo serão decisivas para vida ou morte de muitos.

A situação não pode continuar como está hoje. A fome se alastra no Brasil e muitas famílias nas periferias de Manaus, Itacoatiara, Careiro e em toda a Amazônia fazem parte dos que passam fome. Calculam os estudiosos que hoje no Brasil, cerca de 15 milhões de brasileiras/os almoçam, mas não jantam, por falta de recurso. Certamente uma parte desses carentes estão em Manaus. No Estado do Amazonas, a fome afeta 2,7 milhões de pessoas já há dois anos.

O atual governo de repente, inventou uma situação de emergência, como se a fome só existisse agora e mais humilhante ainda, criando um auxílio emergencial de 600 reais só até dezembro. Por que só até dezembro? Uma clara jogada criminosa dos políticos federais, inclusive alguns do Amazonas, para iludir os pobres. É chamar os 15 milhões de brasileiros/as como cachorros famintos atraídos por um ossinho amarrado num caniço. Como podem os deputados e senadores chegar a tal ponto de se aproveitar da fome e miséria de 15 milhões de brasileiros, entre os quais eleitores/as de Manaus, para iludirem com apenas 600 reais e por apenas 5 meses? Como aceitar tamanha agressão aos pobres? Tristes ditos representantes dos necessitados do Brasil todo.

A questão para hoje é: até o dia das eleições nacionais, como a maioria dos e das eleitoras de Manaus vão responder a essa humilhação dos políticos que aprovam tal auxilio emergencial só até dois meses depois das eleições? E depois?