Mês: abril 2024

Amazônia brasileira estará presente no Forum Social Pan amazônico na Bolívia

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Noticia comentada para RED Pam 24/04/2024
El próximo mes de junio se llevará a cabo otra importante reunión de organizaciones de la sociedad civil de los países amazónicos. No es el primero, ni será el último, FOSPA, Foro Social Pam Amazônico, ya que el compromiso con la defensa de los derechos de la naturaleza y de los seres humanos se despierta cada vez más entre los luchadores sociales. En esta ocasión será en la Amazonía boliviana, ciudad de…
Varios movimientos sociales de la Amazonia brasileña se preparan para participar en el importante encuentro, al igual que en los países vecinos. Vendrán dos representantes de la ciudad de Santarém, uno de la Amazon News Network, RNA, parte del equipo de comunicación de ALER y el otro en representación del Movimento Tapajós Vivo, MTV que lucha en defensa del territorio del río Tapajós.
Una de las propuestas que llevará MTV al FOSPA es el tema de luchar por los derechos de los ríos y de la madre naturaleza. En la Amazonía brasileña, sólo el pequeño río Lages, en Rondônia, está reconocido legalmente como sujeto de derechos. Mientras que el río Tapajós, una de las grandes cuencas del río Amazonas, es hoy objeto de abuso por parte de mineros y agronegocios. Además de decenas de dragas que aspiran en busca de oro y liberan mercurio en el lecho del río, unas 21 empresas construyen puertos para el transbordo de soja y maíz, en particular en la ciudad de Itaituba. Utilizando trenes de transbordadores cargados de cereales, las empresas cerealeras toman el control del tráfico en el río. No existen comités de cuenca, no hay supervisión por parte de las autoridades y aumenta el riesgo para la vida de las poblaciones ribereñas.
El representante del Movimiento Tapajós Vivo lleva este tema para dialogar con otras experiencias en países vecinos. Al mismo tiempo, los activistas de MTV se suman a la coalición de ríos que existe en la sociedad civil en Brasil es la lucha para buscar respetar los derechos de la madre naturaleza.

Dia da terra Pachamama, como respeitá-la?

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Editorial Rádio Aparecida 22.04.2024

Na última segunda feira 22, em mais de 190 países foi celebrado o dia da terra, ou dia mundial do planeta. Foi bem oportuna a intenção de quem instituiu este dia, afinal o que seremos nós humanos sem a água, sem as plantas, sem os animais? O que seremos nós e os animais sem o ar que respiramos, sem o sol que brilha cada dia e a lua com as estrelas? sem as mangueiras e castanheiras, em fim?

Está passando da hora de levarmos a sério cuidar da mãe terra. Ela está gritando de dor e a seca dos rios no verão passado foi um desses gritos; as grandes queimadas no Pantanal há poucas semanas, outro grito da terra. Nossa Amazônia é parte preciosa da terra. Mas como podemos cuidar e celebrar o dia da terra, se permitimos a continuidade dos garimpos e minerações? Se calamos diante dos lixões a céu aberto nas cidades pequenas, médias e grandes da região? Ainda nestes dias o governador do Amazonas liberou concessões de quatro áreas de exploração de gás e petróleo no município de Coari. O presidente da Petrobrás insiste em buscar petróleo no mar na foz do rio Amazonas. Como proteger a natureza assim?

No próximo ano vai acontecer mais uma conferência do clima, desta vez na Amazônia, quando se deve esperar decisões que atendam ao grito da terra. Não será fácil pois os gananciosos por lucros querem continuar a derrubar florestas, despejar agrotóxicos nas plantações e a arrancar minérios a todo modo.

Mas nós, em nossas igrejas, associações, grupos de lutadores sociais podemos pressionar os políticos escolhendo quem revela compromisso coerente com a defesa dos direitos da terra. Alguma coisa podemos fazer pela mãe terra, todos dos dias, cuidando das plantas, nunca mais queimar lixo, economizar água, buscar soluções nas reuniões de grupo e da igreja, enfim, fazendo nossa parte que o planeta ficará agradecido. Mãe terra pachamama.

O que esperar da COP30? salvar o planeta?

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Editorial Rádio Aparecida 17.04.2024

Com a realização da COP 30 na Amazônia, o que sonhar? Será que dessa vez, após 29 cops, os governantes do mundo tomarão decisões estratégicas que venham a salvar o planeta e seus moradores, além de bilhões de outros seres vivos? Os bispos brasileiros em sua recente assembleia anual manifestaram esperança, mas que esperança? Será em um milagre inesperado de Deus, decepcionado com as guerras, a destruição continuada do ambiente e a defesa das crianças inocentes de Gasa?

O presidente da Rede Eclesial Pan-amazônica, bispo de Roraima, também manifesta preocupação com a conferência do clima no próximo ano, pois assim expressa em sua mensagem: “a COP 30, que será em nossa região, na cidade de Belém do Pará, é uma contradição em termos, um misto de oportunidade e de confirmação dos obstáculos intransponíveis, entre todos os participantes”. Disse o bispo

Sem dúvida é real a incerteza sobre resultado, pois já entramos para a COP 30, depois de várias outras ocorridas e sem resultado. Pelo contrário, cada dia mais o planeta geme por perda de vida. Não é possível manter o clima equilibrado quando o sistema de consumo e de lucros continua destruindo as relações entre países, onde uns são explorados para servir ao consumo de outros.  

Como alimentar esperança da cop 30 na Amazônia, quando a Petrobrás insiste em explorar petróleo no mar próximo do Estado do Amapá? E continua a exploração; além das empresas existentes, mais uma estrangeira ganha direitode explorar potássio no Amazonas? Como alimentar esperança que o Brasil dê exemplo de cuidado com o ambiente, se o uso indiscriminado de agrotóxico continua a céu aberto na Amazônia e o projeto ferrogrão pretende rasgar 930 quilômetros de floresta entre o Mato Grosso e o Pará? O garimpo continua destruindo povos e rios.

 As mudanças poderiam acontecer se as Igrejas, os Movimentos sociais e o governo conseguissem criar uma força tarefa organizada e pressionassem a COP 30  que está submissa aos negociantes. Será possível? 

potássio no Amazonas desgraça mais para povo Mura e ambiente

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Notícia comentada para RED PAM 10.04.2024

Como salvar a Amazônia e o ambiente, negociando com o capital? Tarefa impossível hoje se sempre. O capital só tem um objetivo, lucrar, lucrar e crescer. Para isso, agride quem se opuser. Na segunda feira passada, o governador do Estado do Amazonas concedeu licença a uma empresa canadense instalar seus equipamentos para explorar potássio, a pouco mais de 100 quilômetros da cidade de Manaus, no município de Autazes. Fez um anúncio muito alegre de que o empreendimento vai gerar 17 mil empregos e facilitar a vida dos indígenas que vivem naquela região.

A exploração de potássio na Amazônia, valorizado para produção de fertilizantes agrícolas, é um projeto iniciado 17 anos atrás na região de Autazes. Porém, sempre enfrentou dificuldades por estar em área próxima dos povos indígenas. De um lado, os órgãos fiscalizadores estaduais facilitavam a exploração mineral, na expectativa de compensações financeiras; de outro lado, o Ministério Público Federal e Ministério dos Povos Indígenas, resistiam por saberem dos prejuízos ambientais e aos direitos dos povos indígenas.

Finalmente nesta semana, o governo estadual concedeu a licença de exploração, mesmo sabendo das consequências negativas para os povos indígenas e o meio ambiente. Afinal, todo tipo de mineração é prejudicial ao ambiente e aos serem humanos.

Além de mais esse desastre socioambiental na Amazônia, o governo federal, através da parcialmente estatal Petrobrás, insiste em explorar petróleo em alto mar, próximo ao Estado do Amapá, na foz do rio Amazonas.

Com tais empreendimentos em nome do crescimento econômico do país, como será o discurso do governo federal e governos estaduais da Amazônia ao acolherem no próximo ano a Conferência do Clima em Belém do Pará, plena Amazônia? Essa é mais uma contradição característica dos governos progressistas da grande Amazônia. Assim na Colômbia, Equador, Peru, Bolívia como no Brasil de Lula da Silva. Países periféricos são assim.

Salvar meio ambiente e capital, impossível

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Notícia comentada para RED PAM 10.04.2024

Como salvar a Amazônia e o ambiente, negociando com o capital? Tarefa impossível hoje se sempre. O capital só tem um objetivo, lucrar, lucrar e crescer. Para isso, agride quem se opuser. Na segunda feira passada, o governador do Estado do Amazonas concedeu licença a uma empresa canadense instalar seus equipamentos para explorar potássio, a pouco mais de 100 quilômetros da cidade de Manaus, no município de Autazes. Fez um anúncio muito alegre de que o empreendimento vai gerar 17 mil empregos e facilitar a vida dos indígenas que vivem naquela região.

A exploração de potássio na Amazônia, valorizado para produção de fertilizantes agrícolas, é um projeto iniciado 17 anos atrás na região de Autazes. Porém, sempre enfrentou dificuldades por estar em área próxima dos povos indígenas. De um lado, os órgãos fiscalizadores estaduais facilitavam a exploração mineral, na expectativa de compensações financeiras; de outro lado, o Ministério Público Federal e Ministério dos Povos Indígenas, resistiam por saberem dos prejuízos ambientais e aos direitos dos povos indígenas.

Finalmente nesta semana, o governo estadual concedeu a licença de exploração, mesmo sabendo das consequências negativas para os povos indígenas e o meio ambiente. Afinal, todo tipo de mineração é prejudicial ao ambiente e aos serem humanos.

Além de mais esse desastre socioambiental na Amazônia, o governo federal, através da parcialmente estatal Petrobrás, insiste em explorar petróleo em alto mar, próximo ao Estado do Amapá, na foz do rio Amazonas.

Com tais empreendimentos em nome do crescimento econômico do país, como será o discurso do governo federal e governos estaduais da Amazônia ao acolherem no próximo ano a Conferência do Clima em Belém do Pará, plena Amazônia? Essa é mais uma contradição característica dos governos progressistas da grande Amazônia. Assim na Colômbia, Equador, Peru, Bolívia como no Brasil de Lula da Silva. Países periféricos são assim.

cuidar da Amazônia tem recurso para prefeituras mas não tem para servidores do IBAMA e ICMBIO, que pena

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Editorial Rádio Aparecida 11.04.2024

louvável a decisão do governo disponibilizar 730 milhões de reais para municípios da Amazônia que mais se preocupam com o desmatamento em suas regiões. Não é muito, mas se 50 municípios se empenharem com responsabilidade no uso desse recurso algo positivo deve acontecer. Resta saber quais serão os prefeitos e seus secretários de meio ambiente que vão levar a sério esse projeto.

Esse recurso, segundo informações oficiais, virá do Fundo Amazônia, que foi doado por países que manifestam preocupação com a crise climática e decidiram apoiar o Brasil no cuidado com a Amazônia.

Mas há uma situação crítica no governo brasileiro que carece de melhor explicação. Ao mesmo tempo em que são liberados 730 milhões de reais para prefeitos e seus secretários cuidarem de parar o desmatamento na Amazônia, dois órgãos federais com mais competência para esse cuidado, o IBAMA e o ICMBIO, estão em greve há uns meses porque o governo não atende as reinvindicações de condições de trabalho. O argumento do secretário do Ministério de Gestão do Serviço Público, José Lopez Feijóo,  é a questão orçamentária, mesmo sabendo que há recursos disponíveis, inclusive em caixa, que poderiam ser utilizados para a reestruturação da carreira, sem violar a Lei de Responsabilidade Fiscal.

IBAMA e ICMBIO foram sucateados durantes os últimos quatro anos, provocando aumento do desmatamento e queimadas na região. Os funcionários dos dois órgãos federais responsáveis por preservar a Amazônia e o planeta, exigem mais respeito ao seu trabalho. No entanto, nem o Ministério de gestão do serviço Público, nem o Ministério do Meio Ambiente, aceitam atender as reivindicações dos que estão nas bases a cuidar da floresta em pé, dos rios limpos e combate á grilagem de terras.

Estranho comportamento de um governo, que consegue alguns milhões de reais para municípios que não tem competência suficiente para o desafio de cuidar da floresta, mas não aceita canalizar recursos para equipar bem servidores mais qualificados para manter a floresta em pé e a Amazônia melhor cuidada. Entregar recursos públicos para municípios na Amazônia é enxugar gelo;  

E natureza tem direitos?

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Notícia comentada para REDPAM 03.04.2024

Inspirados pelos exemplos dos países vizinhos Equador, Colômbia e Bolívia, Movimentos sociais da região tapajônica, no Brasil, estão iniciando um processo para reivindicar os direitos do rio Tapajós, hoje um rio bastante violentado pelos garimpos e pelos portos exportadores de soja e milho.

Apesar de já ser um pouco tarde, mas o movimento popular se junta a uma coalizão pelos rios do Brasil para enfrentar o desafio, afinal os direitos da natureza são tão importantes quanto os direitos humanos.

O Movimento popular Tapajós vivo, vem lutando há 15 anos contra os vários tipos de violência ao belo rio. Iniciou a luta para impedir sete grandes hidroelétricas ao longo do rio Tapajós. Até o momento foi vitorioso nesta batalha que enfrentou junto com o povo indígena Munduruku. No ano 2026 o projeto hidrelétrico São Luiz do Tapajós foi arquivado pelo governo.

No entanto, nos últimos 10 anos surgiram dois grandes destruidores da tranquilidade do belo rio, No alto tapajós aumentaram as grandes dragas garimpeiras escavando o fundo do rio e utilizando mercúrio para extrair ouro. Toneladas de mercúrio tem sido lançadas no leito do rio envenenado peixes e pessoas.

Mais recente o agronegócio de soja e milho do Mato Grosso, chegou até o rio Tapajós. Em frente a cidade de Itaituba foram construídos sete grandes portos para transbordo de grãos para barcaças que descem o rio rumo ao oceano para  o mercado internacional. Os comboios de 10 e mais barcaças carregadas de grãos ocupam o leito do rio, causando perigo para pescadores, e moradores ribeirinhos.

Finalmente o movimento popular está reagindo buscando pressionar o governo brasileiro a assumir os direitos do rio Tapajós. Afinal  o rio é um dom precioso da natureza, mas que precisa preservar a pureza da água, o direito de fluir naturalmente rumo ao mar e ter suas margens preservadas, entre outros direitos.

No mês de junho está previsto um seminário na cidade de Santarém para unir esforços de vários movimentos que sofrem as consequências e podem para garantir os devidos direitos que o belo rio Tapajós tem e não são respeitados.

Quem falou que as torturas acabaram no Brasil?

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Editorial Rádio Aparecida 03.04.2024

Nestes dias foi lembrado o triste período da ditadura militar imposta 60 anos atrás aos brasileiros/as a serviço de uma falsa segurança nacional, mas  de fato, segurança das empresas mineradoras e do agronegócio. Passada ditadura militar, entrou a dita nova república. Saíram os militares e torturadores, entraram os políticos, defendendo a frágil democracia, De fato continuam eleitos deputados, senadores, presidentes e demais políticos, mas, qual a diferença entre a ditadura militar e a ditadura de um congresso nacional, em sua maioria a serviço de empresários, mineradores e agronegócio?

Dizer que não há mais tortura, será verdade? Como se comportam hoje deputados e senadores, em sua maioria a serviço de empresários e agronegócio, não é isso nova forma de tortura sobre os pobres, indígenas e biomas Amazônia e Pantanal?

Como justificar a insistência do Congresso Nacional tentando recriar nova lei do inconstitucional Marco temporal? Não é tortura contra os povos indígenas?

Como justificar essa nova tentativa de acabar com o licenciamento ambiental da legislação, não é forma de tortura contra a Amazônia e todo o cuidado ambiental?

E agora a mais recente tentativa forma de tortura: A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal aprovou no dia 19 de março, um projeto que permite desmatar vegetações nativas não florestais em todos os biomas brasileiros.

O projeto foi analisado em caráter terminativo pela comissão, e seguirá diretamente para o Senado, se não houver recurso para análise no plenário da Câmara.

 Triste democracia que continua elegendo torturadores a manipular eleitores nas campanhas eleitorais para depois de eleitos continuarem garantindo as riquezas dos empresários e agronegócio, inventando novas leis, mesmo que contra a Constituição nacional.

Vai mudar O Brasil quando eleitores/as acordarem, mas talvez já será tarde, porque não haverá mais floresta, nem pantanal, nem Amazônia, Tudo será gado, soja e buracos deixados pelas mineradoras.